Para A.

Por: Josaine Airoldi

Preciso encerrar a nossa história se é que posso assim chamá-la.

Essas foram as primeiras palavras que escrevi, na ânsia de não desistir do que estou prestes a fazer.

Preciso ter esta conversa contigo e tem que ser agora, pois estou há 24 anos nessa tentativa.

Ironicamente, essa era a idade que eu tinha quando te conheci.

O coração continua disparado.

As ideias ainda estão meio desconectadas, mas espero que ao longo do texto consiga me acalmar e organizá-las melhor.

De tudo que aconteceu entre nós no curto tempo em que ficamos juntos, o que traz profunda tristeza é a imagem que guardo de ti  entrando naquela igreja para que e não fosse procurá-lo lá. Não sei se irá lembrar.

Está sendo mais difícil do que pensei, mas tenho que seguir

Naquela época eu me encantei por ti, no instante que me puxou pela mão para dançarmos.

Eu errei muito, porque o meu mundo, aos poucos, passou a ser os pouquíssimos momentos que ficamos juntos. Só queria ficar contigo, sob qualquer circunstância. Não tinha noção do quanto gostava de ti até aquele dia que brigamos, pela primeira e única vez.

Eu compreendi, com o passar dos anos, que procurou em mim “por porto seguro”, e sinto muito  por não ter conseguido ser o que esperava.

Eu me perdi, num emaranhado de sensações que nunca tinha sentido. Nunca tinha me apaixonado antes. Não sabia o quanto pode doer gostar de quem não gosta de mim.

Seguimos caminhos diferentes.

Hoje, tenho plena certeza que não daria certo.

Mas eu preciso encerrar esse ciclo: 

Eu te amei.

Muito.

Intensamente.

Não me compreendeu.

Mandou-me embora da maneira mais cruel que pode. 

Tive que ir.

Chorei…

Chorei muito…

Chorei intensamente…

Não me compreendeu.

O tempo passou. 

Embora não devesse, ainda penso em ti. 

O que fazer?

Até hoje eu não sei.

09/10/2.022

5 comentários sobre “Para A.

Deixe um comentário